
Ônibus na cidade de Teresina, no Piauí.
Foto: Benonias Cardoso/Folhapress
Uma crise econômica. Um governo inoperante e de viés autoritário. Inflação alta, salários em deterioração. Carestia na base da sociedade. Cidades espraiadas, fragmentadas e desiguais. Aumento do preço dos combustíveis. Bomba!
No transporte público, os reflexos disso são explosivos. O aumento de custos pressiona o aumento das tarifas, em contexto de agravamento da pobreza. Como resultado, parte da população é excluída do deslocamento urbano. Outra parte migra para o transporte particular. Como resposta, as operadoras reduzem a oferta ou aumentam as tarifas, ampliando ainda mais a evasão e a insatisfação.
O trecho acima poderia se referir ao início da década de 1980 ou aos dias de hoje. Os dois momentos assistiram a graves crises do transporte no país. No primeiro, resultou em revoltas violentas. No segundo, tem gerado falta
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